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É nesta quinta-feira, dia 31 de Janeiro, a gravação do DVD do Ilê Aiyê. O show acontecerá na Concha Acústica do Tatro Castro Alves e contará com a participação de convidados especiais: Daniela Mercury, que vai cantar seu sucesso ‘Ilê Pérola Negra’, além de Carlinhos Brown, Margareth Menezes, Beto Jamaica, Lazinho (Olodum) e Barabadá.
O bloco afro estará comemorando a chegada do seus 40 anos, com a gravação do “DVD Ilê Aiyê – Bonito de se ver” que trará em seu repertório músicas antigas, dos anos 80, como “Que Bloco é esse”, “Deusa do Ébano” e “Depois que o Ilê Passar”, entre outras. E também as novas canções, como “Negra Perfumada”.
O mês de fevereiro é especial para a legião de fãs da diva do jazz Nina Simone. Uma mulher que transpôs todos os limites que lhes foram impostos em um tempo que para o negro, quase nada era permitido. Aos 11 anos de idade fez sua primeira apresentação em um recital de piano clássico. Esta estréia a marcaria para sempre, pois segundo as leis vigentes nos idos de 1944 na tenebrosa Carolina do Norte, os negros só poderiam ocupar assentos públicos atrás dos brancos.
Nina protestou veementemente dizendo que queria seus pais ocupando assentos onde ela pudesse vê-los, foi atendida porém, aquele foi apenas o primeiro de muitos protestos que lançaria ao mundo como o hino Mississipi Goddam, sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja, em 1963.
Durante suas apresentações eram frequentes suas provocações ao público, dizendo que precisa apenas do dinheiro deles. Talento e ousadia não lhe faltavam, mas o racismo, um dos seus grandes obstáculos, fez de Nina uma mulher mais forte e determinada. Nos anos 50 teve o mérito de ser uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard School of Music, em Nova York. A partir daí surgiu uma cantora e pianista inigualáveis.
Nina se aventurou por diversos ritmos, passando pelo gospel, soul, folk, blues e jazz. Suas músicas entraram para a história, assim como “Strange Fruit” (clássico anti-racismo que ficou conhecido no tom visceral de Billie Holiday.
Sua vida pessoal foi conturbada seu casamento foi um fracasso era insultada e desrepeitada, enfrentou problemas com a receita federal ameircana por não pagar impostos, t além de um elacionamento dificil com seus empresários .
Passou alguns anos morando na Libéria, lá ela adotou looks africanos e também causas radicais contra os brancos, fazendo de sua vida uma verdadeira guerra contra o racismo. Veio ao Brasil em 1997, quando gravou com Maria Bethania e fez um show no Metropolitan. Guerreou até o fim contra o preconceito racial e morreu em Carry-le-Rouet, no dia 21 de abril de 2003, na mais completa paz, dormindo.
Hoje a noite, no seu ensaio de verão, o Cortejo Afro terá como convidado especial o cantor Luiz Melodia, além da banda integrante do Bloco Cortejo Afro, que tem como idealizador o artista plástico Alberto Pitta, que se dedica a desenvolver atividades relacionadas à cultura africana há mais de 30 anos. O encontro acontecerá na Praça Tereza Batista, no Centro Hisórico de Salvador a partir das 21h. Os ingressos custam R$ 60 (inteira) e R$30 (meia-entrada).
O Jazz perdeu um de seus maiores ícones, a cantora e atriz Lena Horne, que faleceu aos 92 anos de idade em Manhattan. Horne foi a primeira atriz a assinar um contrato com um grande estúdio de Hollywod o MGM em 1942.
Lena começou como corista, no Cotton Club do Harlem, e foi a primeira artista negra, contratada por uma orquestra de músicos brancos de sucesso. Nem por isto, deixou de ser vítima e sofrer grande preconceito racial.
Se converteu em um símbolo, na luta em favor dos direitos dos negros nos Estados Unidos, rejeitando cantar em locais em que ao negros era negado o acesso. Por sua postura firme contra o preconceito, entrou na lista elaborada pelo senador McCarthy, dos perseguidos de Hollywood durante os anos de 1950.