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Posts Tagged ‘salvador’

Fonte: Fundação Palmares

Jorge da Silva nasceu em 1937 e se popularizou com um dos grandes nomes da produção cinematográfica afro-brasileira no Brasil. Sua carreira começou nas peças do Centro Popular de Cultura da UNE e se encorpou no cinema, no qual se tornou um dos maiores expoentes da cultura afro-brasileira. Estreou em 1962, em “Cinco Vezes Favela”, um dos no marcos do Cinema Novo. Fundador do Centro Afro Carioca de Cinema, Zózimo realizou três curtas, cinco medias e um longa-metragem, todos com foco na cultura afro descendente e na luta contra as desigualdades.

Fez mais de 30 filmes, incluindo clássicos como “Terra em transe”, de Glauber Rocha”, “Compasso de espera”, de Antunes Filho” e “Grande sertão”, de Geraldo Santos Pereira. Seu filme mais conhecido, no entanto, é um documentário de 1988 intitulado “Abolição”, com entrevistas de personalidades sobre o centenário da abolição.

O apresentador Chacrinha o chamava de “o negro mais bonito do Brasil”. Em 1969, Bulbul foi par romântico de Leila Diniz na novela “Vidas em conflito”, da TV Excelsior”. O escândalo fez com que a censura da ditadura militar vetasse a novela. Aproveitando-se da polêmica, o estilista Dener convidou Zózimo para desfilar, tornando-o o primeiro manequim de uma grande grife brasileira.

Em 1974, estreou como diretor com o curta em preto e branco “Alma no Olho”, uma reflexão da identidade negra por meio da linguagem corporal. Zózimo aproveitara os negativos que sobraram do filme de Antunes Filhos para rodar seu curta-metragem. Os integrantes da censura achavam que a obra tinha tom “subversivo” e o chamaram para depor. Perguntaram sob ordem de quem ele havia feito tão sofisticado, imaginando que chegariam a uma complexa mente comunista. “Sob ordens do amigo e poeta Vinicius de Moraes”, respondeu Zózimo. Em 2010, a convite do governo do Senegal, Zózimo fez o média- metragem “Renascimento Africano”, que mostra o país nas comemorações dos seus 50 anos de independência.

Bulbul morreu no dia 24 de janeiro de 2013, aos 75 anos, no Rio de Janeiro.

 

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Nei Lopes

O juiz Eugenio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal do Rio de Janeiro, rejeitou a retirada da internet de 15 vídeos contra o candomblé e a umbanda, alegando que os cultos afro-brasileiros “não constituem religião”, pois não se baseiam em apenas um livro nem têm apenas um Deus. Os vídeos foram postados por representantes de igrejas evangélicas. No artigo abaixo, o escritor Nei Lopes explica os fundamentos dos cultos de origem africana e seu caráter religioso.

Ritual de iniciação das filhas-de-santo. Bahia, Brasil, 1951. Fotografia de José Medeiros/Acervo IMS

 

Em junho de 1993, a Suprema Corte dos Estados Unidos garantiu aos praticantes de cultos de origem africana o direito de sacrificar animais em suas cerimônias religiosas. Esse relevante fato histórico deveu-se, certamente, à articulação das casas de culto de origem cubana estabelecidas no país a partir da década de 1950, as quais na década de 1970 já tinham, entre si, a Church of The Lukumi Babalu Ayé, a qual se propunha, quando de sua fundação, a ter sede, escola, centro cultural e museu, para sua comunidade e público em geral. Na contramão de conquistas como essa, no Brasil atual chega-se a negar aos cultos afro-originados até mesmo a condição de religiões.

Filosofia. Em 1949 era publicado em Paris o livro La philosophie bantoue, obra em que o padre Placide Tempels dava a conhecer o resultado de suas pesquisas de campo realizadas no então Congo Belga. Contrariando toda uma concepção preconceituosamente negativa a respeito do pensamento dos povos africanos, o livro revelava a existência, entre os pesquisados, de uma filosofia baseada na hierarquia das forças vitais do Universo, a partir de uma Força Superior. Assim, quanto aos seres humanos, aprendia o missionário, entre outros postulados, que todo ser humano constitui um elo vivo na cadeia das forças vitais: um elo ativo e passivo, ligado em cima aos elos de sua linhagem ascendente e sustentando, abaixo de si, a linhagem de sua descendência. Consoante esses princípios, todos os seres, vivos ou mortos, se inter-relacionam e influenciam. E a influência da ação de forças tendentes a diminuir a energia vital se neutraliza através de práticas que façam interagir harmonicamente todas as forças criadas e postas à disposição do homem pela Força Suprema.

Meio século depois, outro missionário, o padre espanhol Raúl Ruiz Altuna, pesquisando a partir de Angola, conseguia estabelecer outra hierarquia, traduzida nos seguintes ensinamentos:

Força Suprema reconhecida pelo pensamento africano corresponde ao Ser Supremo das religiões monoteístas. Criador do universo e fonte da vida, esse Serinfunde respeito e temor. Mas é tão infinitamente superior e distante que não é cultuado, ou seja: não pode nem precisa ser agradado com preces nem oferendas. Abaixo desse Ser situam-se, no sistema, seres imateriais livres e dotados de inteligência, os quais podem ser gênios ou espíritos.

Os gênios são seres sem forma humana, protetores e guardiões de indivíduos, comunidades e lugares, podendo temporariamente habitar nos lugares e comunidades que guardam, e também no corpo das pessoas que protegem. Já os espíritos são almas de pessoas que tiveram vida terrena e, por isso, são imaginados com forma humana. Podem ser almas de antigos chefes e heróis, ancestrais ilustres e remotos da comunidade, ou antepassados próximos de uma família.

Ao contrário do Ser Supremo, gênios e espíritos precisam ser cultuados, para que, felizes e satisfeitos, garantam aos vivos saúde, paz, estabilidade e desenvolvimento. Pois é deles, também, a incumbência de levar até o Deus supremo as grandes questões dos seres humanos. Assim, já que contribuem também para a ordem doUniverso, eles devem sempre ser lembrados, acarinhados e satisfeitos, através de práticas especiais. Essas práticas, que representam um culto em si, podem, quando simples, ser realizadas pelo próprio interessado. Mas, quando complexas, devem ser orientadas e dirigidas por um chefe de culto, um sacerdote.

Dentro dessas linhas gerais, segundo entendemos, foi que se desenvolveu a religiosidade africana no Brasil e nas Américas.

Relevância. Os estudos dos padres Tempels e Altura desenvolveram-se entre povos do grupo Banto, do centro-sudoeste africano. Mas outros estudos, inclusive de sábios e cientistas nativos, nos deram conta de que, embora as religiões negro-africanas tenham suas peculiaridades, todas elas comungam de uma ideia central, a da inter-relação entre as forças vitais, sendo vivenciadas segundo princípios comuns.

Por conta dessas formulações, em 1950, no texto Philosophie et religion des noirs(revista Présence Africaine, nº especial 8-9), o antropólogo francês Marcel Griauleprimeiro indagava se seria possível aplicar as denominações “filosofia” e “religião” à vida interior, ao sistema de mundo, às relações com o invisível e ao comportamento dos negros. Perguntava-se, ainda, sobre a existência de uma filosofia negra distinta da religião e de uma religião independente, de uma metafísica, enfim.

Ao final de sua indagação, o cientista afirmava a existência de uma verdadeiraontologia (parte da filosofia que estuda a existência) negro-africana, concluindo pela antiguidade do pensamento nativo, nivelando algumas de suas vertentes a concepções filosóficas asiáticas e da Antiguidade greco-romana; e ressaltando a necessidade e a importância do estudo desse pensamento. Quatro décadas depois, o já citado Altuna, fazendo eco a Griaule, afirmava: “Basta debruçarmo-nos sobre esse conjunto de crenças e cultos para encontrar uma estrutura religiosa firme e digna”.

Definição. O termo “religião”, segundo N. Birbaum, referido no Dicionário de Ciências Sociais publicado pela Fundação Getúlio Vargas, em 1986, define um conjunto de crença, prática e organização sistematizadas, compreendendo uma ideia que se manifesta no comportamento dos seguidores. Daí aferimos que toda religião se define, em princípio, por um culto prestado a uma ou mais divindades; pela crença no poder desses seres ou forças cultuados; e em uma liturgia, expressa no comportamento ritual; e finalmente pela existência de uma hierarquia sacerdotal.

Pelo menos desde meados do século XIX, as religiões chegadas da África ao Brasil, apesar de todas as condições adversas, conseguiram recriar, no novo ambiente, as crenças e as práticas rituais de sua tradição ancestral, dentro dos princípios científicos que definem o que seja religião.

Na própria África já se distinguia, por exemplo, o feiticeiro (ndoki, entre os bantos), agente de malefícios, do ritualista (mbanda ou nganga), manipulador das forças vitais em benefício da saúde, do bem-estar e do equilíbrio social de sua comunidade. E noBrasil, como em outros países das Américas, as diversas vertentes de culto chegaram a tal nível de organização que constituíram, de modo geral, categorias sacerdotais altamente especializadas. Por exemplo, no candombléum babalorixá(“pai daquele que tem orixá”, e não “pai de santo”, como se traduziu derrogatoriamente) não tem a mesma função de um “babalaô” (“pai do segredo”), responsável por interpretar as determinações do oráculo Ifá. Uma equede(sacerdotisa que atende os orixás quando incorporados) não tem as mesmas funções de uma iá-tebexê (a responsável pelos cânticos rituais). Da mesma forma que umaxogum (sacrificador ritual) não tem as mesmas funções de um alabê (músico litúrgico), por exemplo.

As religiões de matriz africana no Brasil, em suas várias vertentes, praticam uma liturgia complexa, que compreendem rituais privados e públicos. Nas práticas privadas, todo ritual se inicia pela invocação nominal dos ancestrais, remotos e próximos, dos fundadores do templo, em listas tão mais longas quanto mais antigo for o“fundamento” da casa. Nas festas públicas, notadamente no chamado candomblé jeje-nagô, oriundo da região africana do Golfo do Benin, as divindades (orixás ou voduns) se manifestam numa ordem rigorosamente obedecida, da primeira à última a entrar na roda das danças. E por aí vamos.

Constitucionalidade. Não é o monoteísmo que caracteriza uma religião. Se assim fosse, as religiões orientais como o hinduismo, o taoísmo etc. não seriam como tal consideradas. Muito menos o é a circunstância de as práticas religiosas serem ou não baseadas em textos escritos. A propósito, o historiador nigeriano I.A. Akinjogbin, em artigo na coletânea Le concept de pouvoir em Afrique (Paris, Unesco, 1981), assim se manifestou: “O conhecimento livresco tem um valor formal e importado, enquanto o saber informal é adquirido pela experiência direta ou indireta. Os conhecimentos livrescos não conferem sabedoria (…) O ensinamento tradicional deve estar unido à experiência e integrado à vida, até porque há coisas que não podem ser explicadas, apenas experimentadas e vividas”.

Vejamos, em conclusão, que toda a tradição africana de culto aos orixás, da qual noBrasil se originaram principalmente o candomblé da Bahia (nagô e jeje), o xangô pernambucano, o batuque gaúcho e a umbanda fluminense, tem uma base filosófica. Esse fundamento é, em essência, o vasto conhecimento que emana da tradição iorubana de Ifá, o oráculo que tudo determina, em todos os momentos da vida de uma pessoa, de uma família, de uma cidade, de uma nação etc. Da tradição de Ifá é que vêm, por exemplo, a origem dos orixás, sua mitologia, suas predileções, suas cores etc. O popular jogo de búzios é uma forma simplificada de consulta ao oráculo.

Esse corpo de doutrina, compreendendo muitos milhares de parábolas, foi transmitido de geração a geração entre os antigos babalaôs, na África e nas Américas. E nos tempos atuais, embora não unificado, já começa a ter circulação inclusive na internet.

Pois essa tradição remonta a muitos séculos; e sua história se conta a partir do momento em que Oduduá, o grande ancestral dos iorubás, cuja presença histórica, no século XII d.C., é atestada cientificamente (cf. A. F. Ryder, História Geral da África, Unesco/MEC/UFScar, vol. IV, 2010, p. 389), após fundar a antiga cidade deIfé, enviou seus diversos filhos em várias direções, para fundar cada um o seu reino.

Mas esta é apenas uma parte da alentada e sábia tradição religiosa que os antigos africanos legaram ao Brasil. A qual, como um todo, goza da proteção constitucional do artigo 5º da Constituição Federal, bem como daquela assim enunciada: “O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional” (art. 215, parágrafo 1º).

Nei Lopes é autor de, entre outros livros, Kitábu, o livro do saber e do espírito negro-africanos (Ed. Senac-Rio, 2005).

 

Matéria originalmente publicada em: http://neilopes.com.br

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Para os que vivem ou estão  de passagem por Salvador terão  a oportunidade de assistir a exibição do Documentário  Pedra da Memória de Renata Amaral, na ocasiaão também será aberta a esposíção com o mesmo nome. O evento  será realizado na Caixa Cultural de Salvador dia 13 de março às 19h0 e segue até 13 de maio.  O evento integra o Projeto Brasil Benin.

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Jardim das Folhas Sagradas, filme do cineasta Pola Ribeiro, trabalha a questão da Cultura Negra, com um olhar atento, com respeito as tradições africanas  trançando uma téia de relações entre o indivíduo e seus conflitos, as  relação com o meio social, enfim uma cultura viva que precisa ser compreendida e respeitada.

É sempre saudável que abordagens profundas sejam  mostradas. Esperamos sucesso a toda a equipe e que este filme seja semeado pelo vento e frutifique em campos férteis transformando-se em frutos de sabedoria, conhecimento e união entre todas as culturas humanas.

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As comunidades quilombolas tocantinenses Pé do Morro, Projeto da Baviera, Dona Juscelina, Grotão, Cocalinho e arredores, receberão a partir desta sexta-feira, 28, toda a magia da literatura de cordel, por meio de palestras educativas antidrogas do cordelista Júnior Brasil e distribuição de livretos de cordel, em Santa Fé do Araguaia, região Norte do Estado.

A ação é fruto do Projeto Cordel nas Comunidades Quilombolas, uma realização da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos, por meio da Superintendência de Proteção dos Direitos Humanos e Sociais, Diretoria de Proteção dos Direitos das Etnias e Minorias e Coordenadoria dos Afrodescendentes, com apoio da Superintendência de Ações sobre Drogas e Fundo Estadual sobre Drogas.

O projeto contemplará as 27 Comunidades Quilombolas do Tocantins, reconhecidas como remanescentes de quilombos pela Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura. O objetivo maior é levar conscientização antidrogas aos jovens quilombolas e aos seus pais, através de ações preventivas e educativas para o combate às drogas. E o método escolhido foi o cordel, uma forma divertida e diferente de mostrar à juventude os perigos que elas trazem.

O cordelista Júnior Brasil, autor de livretos de cordéis, pretende contribuir com os representantes das Comunidades Quilombolas e os técnicos que atuam junto a elas para fomentar o protagonismo infanto-juvenil, a vivência da cidadania com dignidade e o fortalecimento dos laços familiares, comunitários e socioculturais como forma de prevenção ao uso abusivo de álcool e outras drogas ilícitas.

Além disso, a Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos e sua equipe técnica estarão aplicando questionários em todas as comunidades quilombolas, no intuito de obter dados para um diagnóstico preciso sobre o perigo das drogas nas comunidades, o que permitirá a realização de futuros projetos na área.

http://negroemdebate.com.br

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O terreiro Ilê Axé Jitolú, localizado no Curuzu, no tradicional bairro da Liberdade será reaberto  no próximo domingo dia 7 de agosto, após  permacer fechado  a quase
dois anos devido  a morte da ialorixá Mãe Hilda.

O início da cerimônia está prevista para iniciar   às 20h,  ocasião em que a nova ialorixá Hildelice Benta, filha de Mãe
Hilda, escolhida para sucedê-la,  tomará posse. A festa é aberta ao público e   Oxalá será o grande  homenageado visto que é o orixá de Mãe Hildelice.

Além de assumir o Terreiro, Mãe Hildelice  também  assumirá a  direção da Escola Mãe Hilda, que funciona na sede da Associação Cultural e Carnavalesca Ilê Aiyê e atende a comunidade local.

 

 

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Debate alusivo ao 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, acontece em 29/07, através de vidoconferência às 10h, com participantes nos 27 Estados da Federação

Para marcar o 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade (SEPPIR) realizará uma videoconferência em 29 deste mês, a partir das 10h. O debate envolverá mulheres negras das 27 capitais em torno do tema: “Participação da mulher negra nas conferências nacionais”. A geração será iniciada às 10h, a partir da sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), parceiro da iniciativa responsável também pela rede receptora nas capitais brasileiras.

A ministra da SEPPIR, Luiza Bairros, dirigirá o debate que será transmito ao vivo pela TV NBR e terá link para participação pela internet. Os pontos de recepção nas unidades das capitais também serão divulgados.

Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha
A data foi criada em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, República Dominicana, quando estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, sociedade civil e governo têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta as condições de opressão de gênero e étnico-raciais em que vivem estas mulheres.

O objetivo da comemoração do 25 de julho, portanto, é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.

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Secretário Calendário

Com o objetivo de apresentar o projeto de criação de um calendário, um filme e um livro baseado na história da “Revolta dos Búzios”, o cineasta Antônio Olavo esteve na Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), na última quinta-feira, dia 21 de julho, em reunião com o secretário Elias de Oliveira Sampaio.

Com mais de seis anos de pesquisa sobre o acontecimento histórico, que também ficou conhecido como “Revolta dos Alfaiates”, Olavo comentou que nesses 35 anos de profissão, suas obras sempre foram alicerçadas nas vivências do povo negro. “Meu trabalho sempre faz um recorte na história negra e popular. É fundamental você conhecer sua trajetória de luta por liberdade, independência e justiça”.

“Vale ressaltar o recente gesto grandioso da presidenta Dilma Rousseff que sancionou a Lei 12.391 determinando a inscrição no Livro dos Heróis Nacionais dos nomes desses quatro mártires da Revolta dos Búzios (João de Deus, Lucas Dantas, Manuel Faustino e Luís Gonzaga), que passaram então a integrar o Panteão dos Heróis Nacionais”, foi com essas palavras que diretor de cinema enalteceu o fato que ocorreu no início deste ano, no dia 4 de março de 2011.

A pesquisa aprofundada dos acontecimentos históricos relacionados à comunidade negra sempre nortearam o documentarista baiano que já dirigiu os seguintes filmes: Paixão e guerra no sertão de Canudos (1993), Quilombos da Bahia (2004) e Abdias do Nascimento memória negra (2008).

“O legado do trabalho de Olavo é incomensuravelmente representativo, pois é necessário que a sociedade civil tenha conhecimento da nossa história, contribuindo assim, para a construção de uma política de promoção da igualdade racial mais eficaz”, salientou Elias.

Fonte: Ascom Sepromi

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Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR e Imprensa Nacional realizam atividades para marcar os 172 anos de nascimento do maior escritor brasileiro, fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.

As homenagens a Machado de Assis inauguram a adesão da Imprensa Nacional à campanha Igualdade Racial é pra Valer, lançada pela SEPPIR, no âmbito do Ano Internacional dos Afrodescendentes, com a perspectiva de ampliação das ações pela igualdade racial no Brasil. A programação consta de reabertura da Sala de Leitura que leva o nome do escritor – considerado o maior de todos os tempos entre os brasileiros -, exibição de filmes baseados em obras machadianas: Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas, e um ato solene de consolidação da parceria entre os dois órgãos públicos.

Toda a programação ocorrerá na sede da Imprensa Nacional, órgão onde Machado de Assis trabalhou no início de sua vida profissional, que fica no Setor das Indústrias Gráficas, no bairro do Cruzeiro em Brasília. As sessões de cinema acontecem no Auditório Carlos Mota, sempre às 12h30, sendo que Dom Casmurro será exibido amanhã (22) e Memórias Póstumas de Brás Cubas na sexta-feira (24). Na tarde de hoje (21), durante solenidade intitulada Sarau Brás Cubas, a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, fará a doação da Coleção História Geral da África para a Sala de Leitura Machado de Assis. Trata-se de uma coletânea com oito volumes, editada pela Unesco em parceria com o Ministério da Educação (MEC) para subsidiar a implementação da Lei 10.639/2003, que dispõe sobre o ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira nas escolas.
“Promover a igualdade racial não é responsabilidade só do movimento negro ou do estado brasileiro, mas de todos. A responsabilidade é coletiva, todos devem sentir-se motivados a realizar ações, por menores que sejam, em prol do país que queremos, um Brasil sem pobreza e sem discriminação”, declara a ministra, destacando a importância de dar visibilidade à obra e história de Machado de Assis, que é considerado um dos grandes gênios da história da literatura.
As homenagens a Machado de Assis correspondem a um dos objetivos da SEPPIR de promover o reconhecimento e a valorização de personalidades negras, da história e cultura negra em suas formas de existência e resistência. Por outro lado, o fortalecimento da campanha Igualdade Racial é pra Valer converge para a meta de consolidar 2011 como o Ano Internacional dos Afrodescendentes no Brasil, a partir de uma ampla convocação a setores e segmentos do estado e da sociedade civil, para a proposição e implementação de ações pela promoção da igualdade racial. Vários parceiros têm sido mobilizados nesse sentido, a exemplo da Polícia Federal, Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Governo do Rio de Janeiro, Ministério da Cultura, através do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan).

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Depois de passar quatro meses em restauração, a Coroa de Xangô está de volta ao famoso Terreiro da Casa Branca, conhecido em yorubá como Ilê Axé Iyá Nassó Oká. A remontagem da peça começou sexta-feira (10) e termina amanhã, quarta-feira (15), nesse importante espaço sagrado de matriz africana, localizado no meio de uma encosta na Avenida Vasco da Gama, em Salvador.

Construída por Julieta Oliveira – Julieta de Oxum – em 1972, a obra artística e sagrada nunca tinha passado por uma grande intervenção e ficará pronta, no terreiro, sete dias antes da abertura do ciclo religioso da Casa Branca. De acordo com o diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), Frederico Mendonça, a coroa foi reformada após a Associação São Jorge do Engenho Velho – entidade responsável pelo terreiro – vencer o edital de Preservação, Dinamização e Difusão de Acervos desse órgão estadual que é vinculado à Secretaria de Cultura (SecultBA).

“Através dos editais, a sociedade civil tem possibilidade efetiva de participar das políticas públicas culturais”, diz Mendonça. Para a restauração da peça sagrada foram investidos cerca de R$ 27 mil. “De 2008 a 2010 já foram investidos mais de R$ 2 milhões em editais beneficiando dezenas de municípios baianos com 73 projetos”, completa o diretor do IPAC.

A Coroa de Xangô fica instalada no pilar do barracão ou casa principal do terreiro, e é onde acontecem as festas públicas. A coluna é considerada o centro simbólico e ritualístico desse espaço sagrado. Segundo o ogã da Casa Branca, Antônio Figueiredo, é aí onde está o axé que sinaliza a sacralidade do barracão. Na cosmologia nagô esse local central é a representação material da ligação entre duas dimensões, o Aiyê (Terra, mundo dos vivos) e o Orum (Céu, domínio das divindades). Já o ogã é um dos importantes cargos de um terreiro.

A coroa da Casa Branca é um ornamento feito em madeira e pedraria, confeccionada após a remoção de outra peça de opaca, mais antiga e cuja manufatura é atribuída ao africano e um dos fundadores da Casa Branca, Rodolfo Martins de Andrade, o renomado Tio Bamboxê. A sua recuperação foi realizada pelo restaurador e professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, Dirson Argolo.

Estudo prévio detectou problemas na peça como oxidação do verniz, fissuras e empeno, apodrecimento do forro, partes faltantes, deslocamento e perdas das folhas de compensado. Os restauradores trocaram 70% da madeira por cedro, reconstituíram as peças que faltavam, promoveram limpeza e imunização, reforçaram o verso de cada florão e a parte estrutural interna da coroa, fixada em barras de ferro.

MATRIZ BRASILEIRA – O Terreiro da Casa Branca foi fundado no século 19 por um grupo de sacerdotisas africanas nagôs e é considerado matriz no Brasil de centenas de outros terreiros. Em 1984, a casa foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional, como primeiro centro religioso não-católico a ser reconhecido como patrimônio nacional pelo Ministério da Cultura. A Casa possui 6,8 mil metros quadrados, onde constam barracão, praça, fonte e mais itens sagrados. O local foi contemplado ainda por outro edital do IPAC para recuperar a Casa de Oxossi, com investimento de R$ 19,9 mil.

Os Editais do IPAC são publicados sempre no site www.ipac.ba.gov.br. Mais informações pelo endereço eletrônico editais@ipac.ba.gov.br e telefones (71) 3117.6491 ou 3117.6492.

Fonte: http://www.cultura.ba.gov.br

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A Cultura Negra e Suas Cidades é uma homenagem a Makota Valdina. A Exposição fotográfica reúne 60 imagens registradas em diversas locações como Salvador, Cuba e Paris, por diferentes fotógrafos e tem por finalidade celebrar a beleza da cultura negra e homenagear os 67 anos de Makota Valdina. De Terça a sexta, das 14h às 19h; sábado e domingo, das 14h30 às 18h30. Entrada franca.

Data: 1/3/2011 a 6/3/2011

Local: Teatro Vila Velha

Endereço: Av. Sete de Setembro , s/n Passeio Público

Horário: De Terça a sexta, das 14h às 19h; sábado e domingo, das 14h30 às 18h30

Valor: Entrada Franca

Site:www.teatrovilavelha.com.br

Mais Informações: (71) 3083-4600

 

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O Centro Histórico de Salvador vai sediar o primeiro Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab) do país. Não poderia ser diferente, pois Salvador é conhecida como a capital negra do Brasil.

 

 Os dois edifícios da década 1920, que já foi sede do Tesouro e do antigo pronto-socorro municipal, está sendo restauradado para abrigar fatos históricos da cultura afro-brasileira.

O Ministério da Cultura está investindo com R$ 10 milhões para a construção da Muncab, sendo que a primeira parcela já foi liberada no valor R$ 3,8 milhões.

 

 

O futuro diretor, José Carlos Capinan, afirma que o valor não é suficiente, que é necessário o dobro para finalizar o projeto, mas que dá para retomar as obras e começar a adquirir o acervo do museu.
África pré-colonial, os fluxos migratórios, a escravidão e a abolição, os movimentos de resistência e as contribuições africanas à cultura brasileira serão os temas básicos do projeto museográfico, explica Capinan.

A partir de 2012, o museu vai sediar a Bienal da Diáspora Afro-Atlântica, abordando a cultura dos vários países que receberam influências da África.

 

 

Vamos aguardar e torcer para que o Muncab fique pronto o quanto antes.

E viva a cultura afro-brasileira!

 

 

http://www2.uol.com.br/historiaviva

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Hoje a noite, no seu ensaio de verão, o Cortejo Afro terá como convidado especial o cantor Luiz Melodia, além da banda integrante do Bloco Cortejo Afro, que tem como idealizador o artista plástico Alberto Pitta, que se dedica a desenvolver atividades relacionadas à cultura africana há mais de 30 anos. O encontro acontecerá na Praça Tereza Batista, no Centro Hisórico de Salvador a partir das 21h. Os ingressos custam R$ 60 (inteira) e R$30 (meia-entrada).

Vale a pena conferir!

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A quituteira baiana Alaíde do Feijão é a estrela do vídeo realizado pelo publicitário João Silva, com lançamento previsto para o dia 31 de Janeiro, segunda-feira, às 21h no Multiplex Iguatemi. O vídeo enfatiza a importância da feijoada na g astronomia brasileira, contando sua história e peculiaridades. As gravações aconteceram na casa de Alaíde, na Feira das Sete Portas e no Pelourinho, onde fica o restaurante da quituteira e onde habitualmente ocorrem as edições anuais do evento “Quitanda do Saber”.

 

 

Com 26 minutos de duração, o vídeo já tem exibição programada também pela TVE e TV Brasil. Além de contar a trajetória de Alaíde, especialista em feijoada desde quando, ainda menina, ajudava a mãe a vender a iguaria na porta do Elevador Lacerda, o documentário conta com depoimento de diversas personalidades baianas, entre as quais Póla Ribeiro, diretor do Irdeb, e Antonio Carlos “Vovô”, presidente do Ilê Aiyê.

 

Segundo o publicitário e diretor João Silva, o vídeo documentário mostra “como um dos principais pratos da culinária brasileira contribui para a resistência e promoção cultural de um povo.”

João se disse muito feliz com essa sua primeira incursão na sétima arte e ressalta a importância de Pepito Gonzáles e Jorge Alfredo na realização do documentário, alem da paciência de Alaíde que é uma verdadeira rainha negra da Bahia.

Ficha Técnica:
Realização: Instituto Maria Preta
Produção: Fundo de Quintal e Maria Comunicação
Argumento e montagem: Jorge Alfredo
Direção de fotografia: Pepito Gonzales
Edição: Wandilson Dica
Finalização: Igor
Direção: João Silva

Apoio:
IRDEB
Secretaria de Cultura do Estado da Bahia
Ministério da Cultura

Retirado de :www.correionago.com.br

 

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Desfile dos Afoxes celebra a elevação da cultura afro-descendente na Bahia

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O estado mais negro depois da África comemora, durante este mês, o Dia Nacional da Consciência Negra (sábado, 20) realizando uma programação intitulada Novembro Negro, que vem sendo desenvolvida na capital e no interior, gratuitamente. Com a mensagem ‘Combate ao Racismo e Promoção da Igualdade’ e em sua quarta edição, o projeto reforça a disposição do governo em dar sequência ao projeto – que provoca a mobilização e o debate sobre o racismo – iniciado com a criação da Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi), em 2007.

Realizado em parceria com Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN), o evento conjuga ações da sociedade, órgãos do governo e das prefeituras, com uma série de atividades para a reflexão sobre a ocupação dos espaços pelo homem e a mulher negra na sociedade contemporânea e as possibilidades de reverter quadros de discriminação e de exclusão desta população. O Novembro Negro inclui ainda na pauta de discussão, as relações sociais discriminatórias e as conquistas da população negra baiana e brasileira.

O projeto conta com uma forte campanha publicitária, que chegou às ruas na semana passada, com veiculação em outdoors, jornais, revistas e ônibus. Este ano, os esforços são voltados para dar maior visibilidade ao empenho do governo da Bahia em consolidar ideias e práticas que sustentam as ações públicas para a superação das desigualdades.

“Esta edição tem procurado fazer um balanço do que foi o trabalho dentro dessa ampla agenda de promoção da igualdade, especificamente da racial, aproveitando o caráter da data para fazermos essa reflexão, porque a Sepromi, como uma novidade nessa gestão, precisa aproveitar todas as possibilidades de encontrar um caminho para trilhar”, afirma a secretária de Promoção da Igualdade, Luiza Bairros.

Programação
Os amantes da fotografia podem conferir em 60 imagens, no Palácio Rio Branco, a simplicidade marcada nos olhares tímidos dos mais velhos e a alegria estampada nos rostos das crianças de comunidades de Rio das Rãs, Mangal, Barro Vermelho, Barra e Bananal. As cenas são eternizadas pelas lentes dos fotógrafos Rita Cliff, Márcio Lima e Alvaro Villela.

A advogada Célia Moreira ficou impressionada com o colorido e preto e branco das imagens da Exposição Gente de Quilombo. “Importante divulgar essa visão sobre o negro. É difícil na sociedade valorizar a presença desse povo. A exposição provoca uma reflexão positiva”. A visitante ressaltou a luta para garantir a manutenção do Decreto Federal 4.887/2003, que trata dos procedimentos para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras quilombolas.

Na Galeria do Conselho, no Palácio da Aclamação, no Campo Grande, estão expostas 15 esculturas da Exposição Mulheres Africanas, que dão vida e forma às mulheres negras. Pelas mãos da artista plástica Surama Caggiano, as curvas, vestimentas africanas e adereços foram trabalhados em material reciclado. Do Senegal, Nigéria, Libéria, Cabo Verde, Burkina Faso, Togo, Costa do Marfim, o feminino é retratado pela artista que, pela primeira vez, expõe na capital baiana. A mostra fica em Salvador até 6 de dezembro.

Praças, bibliotecas, parques, escolas, salas de cinema e de teatro, terreiros de candomblé também são invadidos pela cultura negra e suas diferentes abordagens. Na Biblioteca Pública dos Barris, a exibição de filmes também garante um novo olhar sobre a cultura negra. “A temática é importante para dar visibilidade aos heróis negros e estimular os estudantes a se tornarem protagonistas. A autoestima é extremamente relevante para o aprendizado e formação. Na Bahia, todas essas produções podem ser aproveitadas o ano todo”, afirma a professora de etnomídia, Lindiwe Aguiar.

Zumbi dos Palmares
A comemoração do 20 de Novembro como Dia Nacional da Consciência Negra surgiu na segunda metade dos anos 1970, no contexto das lutas dos movimentos sociais contra o racismo. O dia homenageia Zumbi, símbolo da resistência negra no Brasil, morto em uma emboscada, no ano de 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares, em Alagoas. Desde 1995, Zumbi faz parte do panteão de Heróis da Pátria.

O dia se consolidou como um momento propício a reflexões sobre a situação do negro e da negra no Brasil, à medida que as celebrações foram ganhando maiores proporções e angariando mais apoios. Hoje, em todas as regiões do País são realizadas atividades relacionadas à temática e algumas capitais como Rio de Janeiro e São Paulo instituíram feriado municipal nesta data.

Além de ser parte do calendário de atividades do Movimento Negro, o 20 de Novembro foi incorporado por algumas instituições oficiais como a Fundação Cultural Palmares (FCP), vinculada ao Ministério da Cultura, e a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), ligada à Presidência da República

 

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O ator Lázaro Ramos, lançou em Salvador o seu primeiro livro, “A velha sentada”  livro infantil que conta a história de Edith, uma criança que faz  uma viagem dentro da própria cabeça.

O lançamento lotou de crianças o Teatro Vila Velha, em Salvador. O livro narra a história de  Edith, uma menina triste que  descobre que há uma velhinha sentada dentro da cabeça dela e decide entrar no próprio cérebro para encontrá-la.


O livro está cheio de personagens inspirados em parentes e amigos. A menina foi batizada com o nome da avó paterna de Lázaro, D. Edith, já falecida, e um afilhado dele, Aladê, de dois anos, é citado na história. Lázaro Ramos conta que o ponto de partida para o livro foi a própria infância.

 

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• texto sobre o livro elaborado pela repórter Meire Oliveira.

A experiência de 76 anos de vida, sendo 64 deles na capoeira angola, estão registrados na autobiografia Natalício Neves, o Pelé da Bomba. O primeiro livro do mestre conta sua trajetória desde o nascimento em Cipuá – distrito de Governador Mangabeira, até a  sua trajetória em Salvador onde chegou aos 6 anos . No relato,  ele conta o aprendizado com  Mestre Bugalho, na rampa do antigo Mercado Modelo, as participações nas festas de largo da cidade e  as famosas roda de capoeira, quando ficou conhecido como  Gogó de Ouro.

O apelido  Bomba  veio da época em que lecionava na Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, onde chegou a ser membro da corporação. Com a experiência veio a criação de sua academia que hoje conta com uma filial na Alemanha, comandada pelo filho, Mestre Couro Seco, e os convites para a realização de palestras e apresentações em locais como Nova York, Roma, França, Inglaterra e Alemanha.

Com a vida dedicada à capoeira angola, Mestre Pelé da Bomba também aborda no livro a história da capoeira que pratica e o samba de roda na Bahia.  lançamento A obra  pode ser adquirida  por R$ 40 na sede da Associação de Capoeira Angola, localizada em frente ao Teatro Miguel Santana, no Pelourinho.

 

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A Ilha do Pati,  situada na cidade de São Francisco do Conde, fica a aproximada 1h30 minutos de Salvador. É uma comunidade, formada por aproximadamente 18o moradores descendentes de escravos e que através da dança, da música e da culinária, preserva uma das mais belas manifestações culturais do Recôncavo Baiano.

As Paparutas, um grupo formado por mulheres de distintas  idades,  vestidas com roupas coloridas, tem a missão de manter viva a tradição de preparar pratos típicos da cozinha africana,  como o acarajé, caruru, frigideira de siri, moqueca de camarão, peixe frito e o feijão  fradinho.

Após  prepar as iguarias,  elas saem de casa dançando ao ritmo dos tambores  com os pratos na cabeça em direção a pequena praça, onde todos os moradores da comunidade, já as aguardam para começar a festa.

No centro da roda fica uma Paparuta vestida de branco,  dançando com uma  colher de pau na mão e um grande caldeirão. É ela  quem aprova ou não  os pratos, que lhe são apresentados pelas demais.  A   apresentação das Papaprutas,  atrai  moradores de diversas regiões de Salvador todos os anos.

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Movimento negro, artistas e religiosos realizam Caminhada pela Igualdade nesta quinta-feira

Nesta quinta-feira, 30/09, acontece, em Salvador, a Caminhada pela Igualdade que reunirá entidades do movimento negro e ativistas sociais para marcar os 212 anos da Revolta dos Búzios na Bahia. O evento conta com a participação de grupos comoOlodum, Malê Debalê, Os Negões, Muzenza, Cortejo Afro, Okambi, o Afoxé Filhos do Congo, Ilê Aiyê, Unegro, Coletivo de Entidades Negras (CEN)Movimento Negro Unificado (MNU), a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), o Instituto Pedra de Raio, dentre outros. A concentração acontece no Campo Grande. a partir das 16h.

A Caminhada será aberta por religiosos de matriz africana e contará com a presença, além de entidades da militância do movimento negro, de representantes políticos, com apresentações artísticas que reinvidicam igualdade de direitos e o fim das desigualdades decorrentes dos 300 anos de escravidão no Brasil.

As principais bandeiras da caminhada são: liberdade religiosa, cultura de paz, financiamento público e privado da cultura afro-brasileira, implementação na educação das leis 10.639 e 11.645 que inclui nos currículos escolares o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena, ações afirmativas na saúde, saneamento básico, emprego e renda,moradia e educação.

fonte: divulgação

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por: Jaqueline Barreto

O turismo étnico prevê os nossos terreiros como hotéis? Quais serão os benefícios trazidos por ele? Será que nossos orixás precisam ser consultados?” A partir desses questionamentos, o antropólogo Vilson Caetano iniciou seu depoimento destacando que essas dúvidas sobre o turismo étnico ainda apresentam-se como incógnitas para o povo de santo e que, enquanto isso, a especulação imobiliária pressiona e destrói as matas próximas às casas de candomblé. “Essas agências de turismo tornam nossos rituais litúrgicos em passeios. Que tal os nossos órgãos de turismo do Estado oferecer uma capacitação aos nossos filhos de santo para que eles possam atender os visitantes? Essa não é uma sugestão e, sim, uma reivindicação! Vilson Caetano, entretanto, salientou que o turismo étnico pode “ nos ajudar a sermos os porta-vozes de nossa própria história. As casas de candomblé são verdadeiras experiências multiculturais”, destacou.

Ao discorrer sobre a relação entre o universo da culinária e as suas respectivas simbologias sociais, o antropólogo e professor da Universidade Federal da Bahia, associou o acarajé à representação da baianidade. Assim, lembrou sobre as discussões em torno da venda do “acarajé de Jesus” e os adeptos do candomblé. “ Eu, particularmente, acho que qualquer estabelecimento pode comercializar o acarajé. A minha única reivindicação é em relação ao bolinho de Jesus que nega a identidade e a cultura negra”, frisou.

“Comida é patrimônio. Um símbolo sagrado. Comemos não apenas ingredientes, mas, acima de tudo, símbolos” Vilson Caetano, assim, explicou sobre a confusão existente na sociedade de que a “comida baiana” teria se originado da comida de santo. “ As comidas dos orixás são mais elaboradas e são seguidas por canções de encantamento”, conta.

A importância histórica e mercadológica das comidas feitas nos terreiros e a sua possível comercialização pelo turismo étnico originaram o Projeto “Sabor sacrossanto dos terreiros para você”, elaborado pelo historiador Jaime Sodré. Esse projeto inclui capacitação dos integrantes do terreiro, compra de equipamentos, regras de higiene, e, além de outras demandas, uma guia de alimentação para os turistas intitulado como “roteiro delícia”.

Segundo Sodré, esse roteiro anda não conta com a autorização dos terreiros citados e apresenta-se apenas como uma sugestão: Casa Branca-café da manhã, Bogum-merenda, Cobre-merenda, Tanuri-almoço, Oxumarê-minguas e gantuá-chás. “Agora, vamos receber pessoas que deverão nos respeitar e gerar renda para nossas comunidades. Antigamente, elas iam em nossos terreiros explorar nossa comida e, no final das contas, a gente é que pagava o bamgá”

De acordo com o historiador Jaime Sodré, diferente do que acontecia antigamente, no qual as pessoas iam ao terreiro para assistir ao “show”, agora, a proximidade entre o candomblé e o turismo étnico deve ocorrer de forma respeitosa, de forma harmônica. Sodré disse ainda que a yalorixá Mãe Stela elaborou uma cartilha de como o turista deve se comportar dentro de uma casa de santo, abordando, entre outros aspectos, indumentária e aparelhos eletrônicos. “ O guia de turismo coloca o turista dentro do terreiro e esses ficam esperando o “espetáculo” desrespeitando o funcionamento normal do terreiro”,explicou.

Jaime Sodré, ao falar sobre turismo e a cultura afro-brasileira, citou como exemplo a venda de sequilhos pelas freiras do convento da Lapa e questionou: Por que as freiras podem fazer sequilhos e vender e a gente não pode explorar nosso potencial gastronômico? Desse modo, lembrou que o negro introduziu na comida do país alguns elementos como o leite de coco, o dendê, a pimenta e que, a pesar de sua condição de escravo, ofereceu à sociedade uma culinária que representa a luta da população negra. “ Comer para gente é também resistência ao poder do senhor branco e escravocrata”, disse.

texto publicado no site: http://www.nucleoomidudu.org.br

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Mostra

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Diálogos Cotistas é um documentário produzido por estudantes que ingressaram pelo sistema de cotas em diversos cursos da Universidade Federal da Bahia. Produzido durante o projeto Qualificando a Permanência de Estudantes Cotistas na UFBA em 2007, este documentário apresenta o projeto e as atividades de extensão em Quilombos Urbanos de Salvador, revela as representações, as lutas e situações vividas pelos estudantes cotistas da UFBA. É um convite à discussão e avaliação das políticas reparatórias para a população negra na educação. O projeto teve apoio do Instituto Mídia Étnica, da Produtora Back Light e financiamento da Fundação Cultural Palmares. Cópias do vídeo podem ser solicitadas pelo ceafro.ufba@gmail.com

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Beiru era o nome de um negro nigeriano, que como milhares de negros, ao chegar ao Brasil lhe foi tirada a condição humana. Passou a ser propriedade  da família Garcia D’Avila e trabalhar  na fazenda Campo Seco. Após uma vida de trabalho escravo, conquistou o direito a  viver como Homem livre,  formando um quilombo em um pedaço de terra doada  por  seus antingos senhores.

Com o tempo o nome de Campo Seco foi substituído por Beiru como uma forma de homenagear o fundador daquela comunidade quilombola.

Porém, um blebiscito mudou o nome do bairro   para Tancredo Neves, o que não significa, que a população tenha de fato aderido a nova denominação, basta observar   os ônibus que circulam pela cidade do Salvador, onde pode-se ler Tancredo Neves/ Beiru.

E no próximo dia 10 de agosto de 2010, o negro Beiru, terá  sua existência  definitivamente registrada na história com a criação do Museu do Beiru.

Porém,

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O Malê de Balê não desfilará na terça-feira de Carnaval. O diretor Josélio Araújo diz que todos os anos os associados odeiam sair de madrugada, quando ninguém está na avenida. “Queremos espaço digno”, pontua.

Com o tema “O ouro negro é nosso”, o bloco iniciou uma promoção e quem mora em Itapuã paga apenas R$ 30, desde que comprove com alguma conta que tenha o nome e o endereço do folião.

Aos demais, a fantasia custa R$ 150. O Malê desfila na avenida, às 21h30 no sábado e segunda,  e no domingo, em Itapuã, às 17h30.

Fonte: Jornal A Tarde

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Para quem curte fotografia e também se interessa por candomblé, uma boa opção é a  exposição intitulada  “Depois da Festa- Decoração ritual do Terreiro da Casa Branca”.

A mostra traz fotografias da decoração litúrgica da Casa Branca feitas por Regina Martinelli Serra. É uma oportunidade de conferir a variação de cores e formatos que tomam o barracão e outros espaços dos terreiros durante as festas. 

Regina Martinelli Serra é membro da comunidade da Casa Branca. Em 2001 ela pediu licença à ialorixá do terreiro, Mãe Tatá, para fazer as fotografias.

“Na Casa Branca não se pode fazer fotografias durante os rituais. Às vezes tinha que esperar um pouco mais, pois havia os erês e na sua presença também não podia registrar nada. Durante dois anos fui fazendo as fotos. Fiz também retratos que pretendo um dia incorporar a esta exposição”, conta Regina.

De acordo com ela, a exposição é também uma forma de mostrar a beleza do trabalho feito pela comunidade da casa, na maioria das vezes com papel, flores e pano. “Tudo muito simples e extremamente belo.  A criatividade do povo de santo conseguia tirar daqueles  elementos um esplendor que até hoje me comove”, completa.

A mostra prossegue até o dia 5 de março. O período de visitas é de segunda a sexta das 9 às 18 horas, no Museu de Arqueologia e Etnologia da Ufba e no Museu Afro-Brasileiro, ambos localizados no prédio da antiga Faculdade de Medicina,  no Terreiro de Jesus,  Pelourinho.

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O calendário de festas populares da Bahia será aberto com a  tradicional Festa de Santa Bárbara, que acontece dia  4 de dezembro, por isso  a partir de 8h o ficará interditado fluxo de veículos no Largo do Terreiro de Jesus, Praça da Sé, Rua da Misericórdia, Praça Municipal, Ladeira da Praça, Rua Dr. J. J. Seabra (Baixa dos Sapateiros), Rua Padre Agostinho Gomes, Ladeira do Carmo e Largo do Carmo (chegada em frente à Igreja da Ordem 3ª do Carmo).

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Oprah irá à Casa Branca para programa especial de Natal Publicidade da Reuters, em Los Angeles A rainha da televisão norte-americana Oprah Winfrey vai entrevistar o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um especial de Natal da rede ABC. A rede anunciou que vai exibir o programa “Natal na Casa Branca: Um Especial de Horário Nobre de Oprah” na noite de 13 de dezembro, um domingo. O programa vai incluir uma entrevista com o presidente, um bate-papo com o casal Obama e um passeio pela Casa Branca. O especial também visitará os bastidores da Casa Branca para ver os preparativos para as festas de fim de ano. Chris Pizzello/AP Especial de Natal do programa de Oprah terá entrevista com Barack Obama e passeio pela Casa Branca O especial será a primeira vez em que Oprah Winfrey entrevistará Obama desde que ele tomou posse como presidente, em janeiro. Oprah, que nunca antes tinha endossado um candidato presidencial, deu apoio forte a Obama em sua campanha, buscando votos por ele em Estados chaves. Ela assistiu ao comício de vitória de Obama em Chicago, em novembro passado, e à posse do presidente, em janeiro, mas desde a eleição não manifestou mais envolvimento político, tendo recentemente entrevistado a ex-governadora do Alaska Sarah Palin, rival de Obama. Winfrey tampouco compareceu ao jantar de Estado realizado na Casa Branca na noite de terça-feira, mas sua amiga íntima Gayle King esteve lá. O programa dela é o de maior audiência no horário diurno da TV norte-americana, mas os especiais de horário nobre apresentados por ela foram poucos, sendo o mais conhecido a entrevista que ela fez com Michael Jackson em seu rancho em 1993. Recentemente Oprah Winfrey anunciou que em 2011 vai encerrar seu talk show, que é exibido em muitos canais, passando a focar sobre o lançamento de sua própria rede de TV a cabo, OWN.

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A comemoração do 20 de Novembro como Dia Nacional da Consciência Negra surgiu na segunda metade dos anos 1970, no contexto das lutas dos movimentos sociais contra o racismo. O dia homenageia Zumbi, símbolo da resistência negra no Brasil, morto em uma emboscada, no ano de 1695, após sucessivos ataques ao Quilombo de Palmares, em Alagoas. Desde 1995, Zumbi faz parte do panteão de Heróis da Pátria.

O dia se consolidou como um momento propício a reflexões sobre a situação do negro e da negra no Brasil, a medida que as celebrações foram ganhando maiores proporções e angariando mais apoios. Hoje, em todas as regiões do país, são realizadas atividades relacionadas à temática e algumas capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo, instituíram feriado municipal nesta data. Além de ser parte do calendário de atividades do Movimento Negro, o 20 de Novembro foi incorporado por algumas instituições oficiais como a Fundação Cultural Palmares (FCP), vinculada ao Ministério da Cultura, e a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), ligada à Presidência da República.

O 20 de Novembro  tem  muitos  significados construídos no decorrer da sua consolidação, entre  outros: faz referência à imortalidade de Zumbi; evidencia as denúncias  e  reivindicações da população  negra;  oportuniza  balanço  de  conquistas     e estabelecimento de agendas para o futuro.

As homenagens a Zumbi retroalimentam as lutas de mulheres e homens negros(as) pelo fim do racismo, mobilizando todos os setores organizados contra as desigualdades raciais, entre os quais as religiões de matriz africana, quilombos, movimentos de mulheres negras, associações de pesquisadores(as) negros(as), quilombos educacionais, articulações por ações afirmativas, movimentos político-culturais jovens, organizações de juventude por acesso a justiça e a segurança pública.

20/11

Marcha da Consciência Negra  Cajazeiras

Horário: 7hs

Onde: Saída da Feirinha – Cajazeiras X

 

XXX  Marcha Zumbi dos Palmares

Horário: 13hs

Onde: Saída do Campo Grande

 

Marcha da Liberdade

Horário: 13hs

Onde: Saída da Rua do Curuzu – Liberdade

 

II Lavagem Estátua de Zumbi

Horário: 15hs

Onde: Monumento Zumbi dos Palmares -Praça da Sé

 

Show com Artístas Locais

Horário: 15 às 17hs

 

Solenidade com Governador Jaques Wagner e outras autoridades

Horário: 17hs

Onde: Praça Castro Alves

 

Show Encerramento do Dia da Consciência Negra com Margareth Menezes

Horário: 18hs

 

Programa 16 Toneladas

Horário: 21hs

Onde: Rádio Educadora FM 107.5

 

21/11

Atividades Educativas e recreativas para o público infantil

Horário: 9 às 12hs

Onde: Pelourinho

 

Feira de Serviços Cuidando das Baianas

Horário: 9 às 17hs

Onde: Praça da Cruz Caída

 

Transmissão ao Vivo dos programas da Rádio Educadora

Horário: a partir das 16hs

Onde: Praça Tereza Batista

 

Cordel da Consciência Negra – Biblioteca Móvel

Horário: 08:30

Onde: Praça Ana Lúcia Magalhães

 

V Caminhada pela Liberdade Religiosa

Horário:9hs

Onde: Final de Linha do Engenho Velho da Federação

 

 

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