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Para os que vivem ou estão  de passagem por Salvador ter a oportunidade de

ParSalvador vai ter a oportunidade de

Ativista negro será homenageado no Parque Memorial Quilombo dos Palmares

quarta-feira, 9 / novembro / 2011 by Daiane Souza

Por Daiane Souza 

Pioneiro na luta contra o racismo no Brasil, Abdias do Nascimento, falecido em maio de 2011, terá suas cinzas depositadas, em 13 de novembro, a partir das 9 horas,onde há três séculos existiu o maior centro de resistência negra da América Latina, o Quilombo dos Palmares, em Alagoas. Para homenageá-lo, o Projeto Raízes de Áfricas organizou para o dia 12 o Ìgbà Ábídi Seminário Afro-Brasileiro Celebração da Obra e Vida de Abdias Nascimento

O encontro que tem como apoiadores a Fundação Cultural Palmares, o Governo de Alagoas e a Prefeitura Municipal de União dos Palmares, conta também com a participação do Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros (Ipeafro) fundado pelo próprio Abdias em 1981. Será uma oportunidade de discussão e diálogo sobre o legado do ativista e sua relevância nas conquistas políticas, culturais e sociais em nome da população negra brasileira.       

De acordo com Arísia Barros, coordenadora do projeto, a proposta é despertar a atenção da sociedade para a trajetória de um dos grandes líderes negros da contemporaneidade. Para citar a grandiosidade de Abdias, Arísia repete as palavras de Ollie A. Johnson, professora de Estudos Africanos da Universidade do Estado de Wayne: “Não houve brasileiro mais importante que Nascimento desde a abolição da escravidão em 1888”. 

Para o presidente da Fundação Cultural Palmares, Eloi Ferreira de Araujo, o Parque Memorial Quilombo dos Palmares é uma referência histórica da luta pela liberdade que os negros escravizados empreenderam durante quase um século. Para ele, essa luta fecundou nos corações e  nas mentes de brasileiras e brasileiros que se jogaram na busca abolicionista, e atravessou os séculos influenciando, dentre outras ações, aquelas que se destacam pela igualdade de oportunidades entre negros e não negros . “Abdias é uma referência que sonhou a epopeia dos palmarinos de construir um lugar sem racismo e com justiça social. As cinzas dele encontram a acolhida dos antepassados que assim como ele sempre estiveram empenhados na construção de um Brasil melhor”, enfatizou.    

Ativismo – Como primeiro deputado federal afro-brasileiro (1983-1987) e como senador da República (1991, 1996-1999), Abdias Nascimento dedicou seus mandatos à luta contra o preconceito. Foi responsável por projetos de lei que definiam o racismo como crime e pela criação de mecanismos de ação compensatória para construir a verdadeira igualdade para os negros na sociedade brasileira.

Abdias conseguiu importantes resultados na defesa e na inclusão dos direitos dos afrodescendentes brasileiros, principalmente, por meio de políticas públicas. Participou da Comissão do Centenário da Abolição e colaborou para a criação da Fundação Cultural Palmares. Em 1988, conseguiu que a Constituição do país contemplasse a natureza pluricultural e multiétnica, que a prática do racismo se tornasse crime inafiançável e que pela primeira vez se falasse em processo de demarcação de terras quilombolas.

Novembro negro – As homenagens a Abdias integram as celebrações do Mês da Consciência Negraque representa um importante momento para a reflexão sobre as contribuições política, cultural e socioeconômica dos africanos e seus descendentes à sociedade brasileira. É no dia 20, deste mês, que se homenageia Zumbi, líder dos quilombolas de Palmares que viveu no século XVII.

Foi pelo simbolismo da Serra da Barriga e do Mês da Consciência Negra que Elisa Larkin, viúva de Abdias, escolheu o dia 13 de novembro para depositar as cinzas dele no maior parque de temática africana da América Latina: o Parque Memorial Quilombo dos Palmares. 

Para a celebração, serão recepcionadas personalidades de países como Estados Unidos e Nigéria além de convidados de vários estados do Brasil. Entre elas estão o professor Wande Abimbola, a maior autoridade mundial em Ifá – oráculo africano, e Félix Ayoh’Omidire, professor de línguas e de estudos culturais e literários na Obafemi Awolowo University, na Nigéria.

Jardim das Folhas Sagradas, filme do cineasta Pola Ribeiro, trabalha a questão da Cultura Negra, com um olhar atento, com respeito as tradições africanas  trançando uma téia de relações entre o indivíduo e seus conflitos, as  relação com o meio social, enfim uma cultura viva que precisa ser compreendida e respeitada.

É sempre saudável que abordagens profundas sejam  mostradas. Esperamos sucesso a toda a equipe e que este filme seja semeado pelo vento e frutifique em campos férteis transformando-se em frutos de sabedoria, conhecimento e união entre todas as culturas humanas.

As comunidades quilombolas tocantinenses Pé do Morro, Projeto da Baviera, Dona Juscelina, Grotão, Cocalinho e arredores, receberão a partir desta sexta-feira, 28, toda a magia da literatura de cordel, por meio de palestras educativas antidrogas do cordelista Júnior Brasil e distribuição de livretos de cordel, em Santa Fé do Araguaia, região Norte do Estado.

A ação é fruto do Projeto Cordel nas Comunidades Quilombolas, uma realização da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos, por meio da Superintendência de Proteção dos Direitos Humanos e Sociais, Diretoria de Proteção dos Direitos das Etnias e Minorias e Coordenadoria dos Afrodescendentes, com apoio da Superintendência de Ações sobre Drogas e Fundo Estadual sobre Drogas.

O projeto contemplará as 27 Comunidades Quilombolas do Tocantins, reconhecidas como remanescentes de quilombos pela Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura. O objetivo maior é levar conscientização antidrogas aos jovens quilombolas e aos seus pais, através de ações preventivas e educativas para o combate às drogas. E o método escolhido foi o cordel, uma forma divertida e diferente de mostrar à juventude os perigos que elas trazem.

O cordelista Júnior Brasil, autor de livretos de cordéis, pretende contribuir com os representantes das Comunidades Quilombolas e os técnicos que atuam junto a elas para fomentar o protagonismo infanto-juvenil, a vivência da cidadania com dignidade e o fortalecimento dos laços familiares, comunitários e socioculturais como forma de prevenção ao uso abusivo de álcool e outras drogas ilícitas.

Além disso, a Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos e sua equipe técnica estarão aplicando questionários em todas as comunidades quilombolas, no intuito de obter dados para um diagnóstico preciso sobre o perigo das drogas nas comunidades, o que permitirá a realização de futuros projetos na área.

http://negroemdebate.com.br

Aprendo Ensinando: Experiências num Espaço Religioso é o título do novo livro da yalorixá Valnízia Pereira de Oliveira. O lançamento  acontece no dia 12 de outubro, a partir das 18 horas, na Praça de Oxum do Terreiro Casa Branca.

Mãe Valnizia, consagrada ao orixá Ayrá, é a ialorixá do Terreiro do Cobre, um espaço religioso fundado no século XIX pela africana Margarida de Xangô e que teve como uma de suas líderes a célebre Flaviana de Oxum. Após Resistência e Fé, sua autobriografia, lançada em 2009, Mãe Valnizia conta nessa nova publicação as histórias da sua relação com os seus filhos espirituais, além de reminiscências da sua convivência na comunidade da Casa Branca, onde aconteceu a sua consagração religiosa.

“Para conhecer as histórias sobre minha tataravó Margarida de Xangô e sobre minha bisavó Flaviana Bianc recorri aos estudos de um historiador francês. Então, nesses anos todos  dessa minha trajetória espiritual eu fiquei pensando por que eu mesma não poderia contar as histórias da minha comunidade”, afirma Mãe Valnizia.

De acordo com a yalorixá, um dos objetivos desse novo livro é enriquecer a memória coletiva da comunidade religiosa que lidera. “Eu quero que no futuro os netos e bisnetos dos meus filhos-de-santo saibam de onde vem a sua ancestralidade e tenham consciência do que estão fazendo no Terreiro do Cobre”, acrescenta Mãe Valnizia.

A iniciativa tem o apoio da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e a parceria da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi); Fundação Pedro Calmon, da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia; Secretaria Municipal da Reparação (Semur) e APLB.

Serviço:

O quê: Lançamento do livro Aprendo Ensinando: Experiência num Espaço Religioso, de autoria da yalorixá Mãe Valnizia de Ayrá

Quando: 12 de outubro às 18 horas

Onde: Praça de Oxum do Terreiro da Casa Branca (Avenida Vasco da Gama, 463, Federação)

fonte :SEPROMI

Fonte:Fundação Palmares

Daiane Souza

No Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes, estabelecido pela Organização das Nações Unidas, as comunidades rurais de afrodescendentes da América Latina serão foco do projeto piloto Quilombo das Américas. Um levantamento dos aspectos sócio-econômicos, alimentares, institucionais, tecnológicos e culturais que servirá de base a uma rede de articulação de políticas públicas e cooperação entre essas localidades.

As comunidades que no continente recebem diferentes denominações – quilombos, palenques, cumbes, maroons e cimarrones – trazem em comum o traço de luta contra a escravatura praticada durante séculos e de marginalização na sociedade atual. “São comunidades em países latino-americanos e caribenhos com trajetórias históricas similares aos quilombos no Brasil e com uma realidade muito próxima da que ocorre em nosso país”, explica Edson Guiducci Filho, pesquisador da Embrapa Hortaliças, que integra a equipe do projeto.

De acordo com Guiducci Filho, até novembro um grupo de pesquisadores visitará comunidades afrorrurais no Brasil, no Equador e no Panamá para caracterizar esses locais. Ele explica que os principais eixos do projeto são o acesso aos direitos econômicos, sociais, culturais e políticos e a segurança alimentar e nutricional das famílias. Os estudos levantarão dados sobre acesso a terra, saúde, educação, mercado de trabalho, recursos naturais, sistemas produtivos e organização social.

 

O projeto permitirá também, o intercâmbio de experiências e práticas entre as comunidades. “Conhecer comunidades com os mesmos problemas em outros países pode causar impactos. Com o projeto foi possível ver que há muita coisa que pode melhorar e muitas coisas nas quais podemos ajudar. Essa luta servirá a todos, pois todos esses países enfrentam os mesmos problemas”, afirma Martha Quintana, prefeita do distrito de Santa Fé, em Darién, no Panamá.

Para o secretário executivo da Corporación de Desarrollo Afroecuatoriano (Codae) do Equador, José Chala Cruz, o programa é uma oportunidade para que os países participantes conheçam os avanços das nações vizinhas sobre temas como soberania e segurança alimentar. “O diálogo pode se estabelecer entre a sociedade civil, os quilombolas e os Estados em termos da aplicação de políticas públicas que garantam a cidadania em cada um dos países”, diz.

José Conceição da Silva, representante do quilombo Empata Virgem do Estado da Bahia, acredita que o projeto proporcionará melhorias em sua comunidade. Ele também destaca o intercâmbio como forma de fortalecer a identidade negra na América Latina. “Estou aprendendo bastante com isso, porque estou passando a conhecer outras comunidades em diferentes países que vivem a mesma realidade do Brasil”.

As atividades do projeto serão coordenadas pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR). Além da Embrapa, participam a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores, o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), a Secretaria Geral Ibero-americana (Segib), o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Entidade das Nações Unidas para Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres (ONU Mulheres) e o Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia.

Criação: Daniel Cabral

Nascida em 17 de julho de 1901, Antonieta de Barros foi a primeira mulher a integrar a Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Educadora e jornalista atuante, teve que romper muitas barreiras para conquistar espaços que, em seu tempo, eram inusitados para as mulheres – e mais ainda para uma mulher negra.

Deu início às atividades como jornalista na década de 1920, criando e dirigindo em Florianópolis, onde nasceu, o jornal A Semana, mantido até 1927. Na mesma década, dirigiu o periódico Vida Ilhoa, na mesma cidade. Como educadora, fundou o Curso Antonieta de Barros, que dirigiu até a sua morte, em 1952, além de ter lecionado em outros três colégios.

Manteve intercâmbio com a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino e, na primeira eleição em que as mulheres brasileiras puderam votar e receberem votos, filiou-se ao Partido Liberal Catarinense, que a elegeu deputada estadual. Tornou-se, desse modo, a primeira mulher negra a assumir um mandato popular no Brasil, trabalhando em defesa dos diretos da mulher catarinense.

Filha de negros, Carolina de Jesus nasceu em Sacramento, Estado de Minas Gerais. De família pobre, a intelectual brasileira contou com a proteção de Maria Leite Monteiro de Barros, que patrocinou seus estudos. Célebre intérprete lírica brasileira, Carolina foi também escritora e tem em sua obra um importante referencial para os estudos culturais no Brasil e no mundo.

Por meio de sua escrita de contestação, Carolina revela a importância do testemunho como meio de denúncia sociopolítica de uma cultura hegemônica que exclui. Sua obra mais conhecida é Quarto de despejo, que resgata e delata uma face da vida cultural brasileira no início da modernização da cidade de São Paulo e do surgimento de suas favelas.

Sua obra, que é considerada a literatura das vozes subalternas, inspirou diversas expressões artísticas, como a letra do samba Quarto de despejo, de B. Lobo; o texto em debate no livro Eu te arrespondo, Carolina, de Herculano Neves; a adaptação teatral de Edy Lima e o filme Despertar de um sonho, realizado pela Televisão Alemã, utilizando a própria Carolina de Jesus como protagonista.

A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) lançará os projetos: “Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa” e “Municipalizando a Política de Promoção da Igualdade Racial no Estado da Bahia”, no dia 08 de agosto de 2011, a partir das 9h, no Hotel Portobello, em Ondina.  

O evento, que contará com a participação da ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, tem como um de seus objetivos apresentar as ações de fortalecimento e a expansão das políticas afirmativas nos municípios da Bahia, através do projeto “Municipalizando a Política de Promoção da Igualdade Racial no Estado da Bahia”. 

 
A “Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa” visa trabalhar de maneira articulada com as esferas do poder público e da sociedade civil organizada, na orientação, acompanhamento e prevenção aos casos de racismo ou ódio religioso.  

 
Esses projetos convergem para a estratégia de atuação da Sepromi, que é planejar e executar políticas públicas de promoção da igualdade racial, para garantir o direito dos indivíduos e grupos étnicos atingidos pela discriminação e demais formas de intolerância.  

 
Na ocasião, participarão do evento os 33 municípios que fazem parte do Fórum Estadual de Gestores (as) Municipais de Promoção da Igualdade Racial, bem como, autoridades, instituições e representantes de movimentos sociais.  

 
ServiçoQuem: Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi)

 
O quê: Lançamento dos Projetos: “Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa” e “Municipalizando a Política de Promoção da Igualdade Racial no Estado da Bahia”

 
Quando: 08/08/2011

 
Local: Hotel Portobello 

 
Horário: 9h

 
End: Av. Oceânica, 2275, Ondina – Salvador 

Fonte: SEPROMI

O terreiro Ilê Axé Jitolú, localizado no Curuzu, no tradicional bairro da Liberdade será reaberto  no próximo domingo dia 7 de agosto, após  permacer fechado  a quase
dois anos devido  a morte da ialorixá Mãe Hilda.

O início da cerimônia está prevista para iniciar   às 20h,  ocasião em que a nova ialorixá Hildelice Benta, filha de Mãe
Hilda, escolhida para sucedê-la,  tomará posse. A festa é aberta ao público e   Oxalá será o grande  homenageado visto que é o orixá de Mãe Hildelice.

Além de assumir o Terreiro, Mãe Hildelice  também  assumirá a  direção da Escola Mãe Hilda, que funciona na sede da Associação Cultural e Carnavalesca Ilê Aiyê e atende a comunidade local.

 

 

Debate alusivo ao 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, acontece em 29/07, através de vidoconferência às 10h, com participantes nos 27 Estados da Federação

Para marcar o 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha, a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade (SEPPIR) realizará uma videoconferência em 29 deste mês, a partir das 10h. O debate envolverá mulheres negras das 27 capitais em torno do tema: “Participação da mulher negra nas conferências nacionais”. A geração será iniciada às 10h, a partir da sede do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), parceiro da iniciativa responsável também pela rede receptora nas capitais brasileiras.

A ministra da SEPPIR, Luiza Bairros, dirigirá o debate que será transmito ao vivo pela TV NBR e terá link para participação pela internet. Os pontos de recepção nas unidades das capitais também serão divulgados.

Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha
A data foi criada em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, República Dominicana, quando estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, sociedade civil e governo têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta as condições de opressão de gênero e étnico-raciais em que vivem estas mulheres.

O objetivo da comemoração do 25 de julho, portanto, é ampliar e fortalecer as organizações de mulheres negras, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.

Secretário Calendário

Com o objetivo de apresentar o projeto de criação de um calendário, um filme e um livro baseado na história da “Revolta dos Búzios”, o cineasta Antônio Olavo esteve na Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), na última quinta-feira, dia 21 de julho, em reunião com o secretário Elias de Oliveira Sampaio.

Com mais de seis anos de pesquisa sobre o acontecimento histórico, que também ficou conhecido como “Revolta dos Alfaiates”, Olavo comentou que nesses 35 anos de profissão, suas obras sempre foram alicerçadas nas vivências do povo negro. “Meu trabalho sempre faz um recorte na história negra e popular. É fundamental você conhecer sua trajetória de luta por liberdade, independência e justiça”.

“Vale ressaltar o recente gesto grandioso da presidenta Dilma Rousseff que sancionou a Lei 12.391 determinando a inscrição no Livro dos Heróis Nacionais dos nomes desses quatro mártires da Revolta dos Búzios (João de Deus, Lucas Dantas, Manuel Faustino e Luís Gonzaga), que passaram então a integrar o Panteão dos Heróis Nacionais”, foi com essas palavras que diretor de cinema enalteceu o fato que ocorreu no início deste ano, no dia 4 de março de 2011.

A pesquisa aprofundada dos acontecimentos históricos relacionados à comunidade negra sempre nortearam o documentarista baiano que já dirigiu os seguintes filmes: Paixão e guerra no sertão de Canudos (1993), Quilombos da Bahia (2004) e Abdias do Nascimento memória negra (2008).

“O legado do trabalho de Olavo é incomensuravelmente representativo, pois é necessário que a sociedade civil tenha conhecimento da nossa história, contribuindo assim, para a construção de uma política de promoção da igualdade racial mais eficaz”, salientou Elias.

Fonte: Ascom Sepromi

Por Denise Porfírio

Fonte :Fundação Palmares

Representantes do governo, da Fundação Cultural Palmares (FCP) e quilombolas estarão reunidos no próximo dia 1º de agosto, para a audiência pública “Identidade Quilombola e o Acesso às Políticas Públicas”. O evento será realizado no Centro Cultural da Câmara dos Vereadores de Salvador, a partir das 18h30, e tem como objetivo debater a importância da afirmação da identidade no processo de defesa dos direitos constitucionais e políticas públicas.

Na programação está prevista a exibição do documentário “Ser Quilombola”, que expõe a realidade vivida por comunidades da região do Recôncavo Baiano. Depoimentos dos próprios quilombolas ilustram as dificuldades e anseios encontrados no dia a dia por estes povos. A produção também aborda o Decreto 4887/2003 que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos. Sampaio

Participarão do evento, os secretários estaduais Elias (Secretaria de Promoção da Igualdade), Carlos Brasileiro (Secretaria de Desenvolvimento Social), Eduardo Jorge Gomes (Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional), Ailton Ferreira (Secretaria Municipal da Reparação), Silvany Euclênio (Seppir), José Vivaldo Mendonça (Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional), Deputado Estadual Bira Côroa, Valmir dos Santos (Conselho Estadual dos Quilombolas da Bahia), Verônica Nairobi (representante da FCP em Salvador) e da jornalista Jaqueline Barreto.

O Universo Negro Brasileiro em Barcelona

 

Por Joanna Alves

Com o intuito de promover a reflexão sobre a presença da cultura africana no Brasil, a cidade de Barcelona, na Espanha, receberá, pelo quarto ano, o Ciclo de Conferências e oficinas abertas sobre O Universo Negro Brasileiro.

Entre os dias 06 e 10 de julho, a cidade espanhola acolherá intelectuais, mestres de capoeira, dançarinos e músicos, a fim de expandir os ideais do multiculturalismo, construídos através da diversidade herdada dos ancestrais africanos.

O evento será realizado pela Asociación Cultural de Capoeira Angola Vadiação, que pretende massificar as relações interculturais a partir da percepção da história de cada expressão artística e cultural, fazendo com que as barreiras do preconceito social, racial ou econômico sejam rompidas.

Na programação, o grande encontro cultural afro-brasileiro contará com a participação de representantes da cultura afro em universidades brasileiras, além de videoconferência com o quilombo de Conceição das Crioulas, em Pernambuco, certificada pela Fundação Cultural Palmares.

As oficinas sobre capoeira, maculelê, percussão, dança e culinária afro-brasileiras darão ao público a possibilidade de adentrar neste universo de Sinergias e Convergências das Culturas Negras no Brasil.

SERVIÇO
O quê: 4º Ciclo de Conferências e oficinas abertas O Universo Negro – Sinergias e Convergências das Culturas Negras no Brasil
Quando: De 06 a 10 de julho
Onde: Barcelona – Espanha
Mais informações: Gil Maciel – http://www.capoeiravadiacao.org

fonte: Fundação Palmares

Criado no Pelourinho, o grupo é capitaneado pelo maestro Ubiratan Marques, com direção musical de Mateus Aleluia (ex-Tincoãs)

A Orquestra Afro Sinfônica dá início a uma temporada inédita de 12 concertos no Espaço Cultural da Barroquinha, a partir da próxima segunda-feira (04), às 19h, com ingressos sendo vendidos a R$10 (inteira) e R$5 (meia). Essa apresentação marca a estreia do projeto “Orquestra Afro Sinfônica Convida”, que vai se realizar até o mês de dezembro, sempre em duas segundas-feiras do mês e com presença de participações especiais. Nesta edição, os convidados serão os cantores Lazzo, Manuca Almeida (autor de “Esperando na Janela”) e Mateus Aleluia, que assina a direção musical do projeto.

Núcleo Moderno de Música
Tudo começou em 1999, quando o maestro, professor e arranjador Ubiratan Marques (conhecido como Bira Marques), que integrou a Jazz Sinfônica de São Paulo e ministrou aulas na EMESP – Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim, de volta a sua terra natal, decidiu se unir ao também maestro, percussionista e pesquisador musical baiano Gilberto Santiago; e assim surgiu o Núcleo Moderno de Música, situado no Centro Histórico de Salvador. A ideia deu tão certo que em menos de um ano a escola já tinha atraído cerca de 150 alunos. “Deste Núcleo, selecionamos os músicos mais avançados e que tinham essa mentalidade musical – de fazer uma orquestra brasileira – e vontade de aproximar o público baiano da música erudita”, conta o maestro.

O diferencial da Orquestra Afro Sinfônica, segundo o seu próprio fundador, é cultivar a música sinfônica brasileira. “Quando você cultiva sua própria cultura, sua própria música, você soa com mais propriedade e se destaca lá fora. Beethoven, que eu tenho grande admiração, que isso fique claro, fazia música alemã, com motivos vindos da realidade alemã. Os motivos que nós, e outras orquestras baianas como a Rumpilezz e a Sambone (pagode erudito), fazemos, vêm da vida e do cotidiano do povo baiano e brasileiro, são propriedades nossas, são sonoridades do nosso cotidiano; de certa forma resgatamos a nossa memória e a nossa cultura”, explica.

— “Nós temos que fazer nossa música, com nossas propriedades”, Ubiratan Marques

Desde a sua formação, a Orquestra já possui um caráter inovador, a começar pelas composições e arranjos inéditos criados por Bira, até a inserção de cantoras como um naipe permanente. O local escolhido para a série de concertos, Espaço Cultural Barroquinha, possui uma arquitetura e acústica aproveitadas da Igreja da Barroquinha, onde os concertos adquirem uma identidade única. A igreja histórica apresenta uma unidade entre a cultura afro – representada pelas mulheres negras que freqüentavam o local no sec XVII -, e a sonoridade dos tambores dos terreiros de candomblé, instalados na região.

Percebendo a possibilidade de fundir história e contemporaneidade, Marques convidou o cantor, músico e compositor Mateus Aleluia para assinar a direção musical dos 12 concertos dessa temporada, sugerindo um encontro raro entre a música afro sinfônica e o regionalismo baiano. A ideia é também fazer uma espécie de intercâmbio cultural baiano, compondo o palco com artistas de Salvador e do interior da Bahia, incluindo poetas, atores, em um projeto multimídia. Dessa forma, compartilharão o palco com a Orquestra, Gerônimo, Lazzo, Letieres Leite, Mariella Santiago, Manuca Almeida, entre outros.

Orquestra Afro sinfônica Convida
Espaço Cultural da Barroquinha
Temporada: 04 e 18.07, 08 e 22.08, 12 e 26.09, 10 e 24.10, 07 e 21.11 e 05 e 19.12
Horário: 19h
Ingresso: R$ 10 e R$ 5
Informações: 71 8733-6661

fonte Ibahia

Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR e Imprensa Nacional realizam atividades para marcar os 172 anos de nascimento do maior escritor brasileiro, fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras.

As homenagens a Machado de Assis inauguram a adesão da Imprensa Nacional à campanha Igualdade Racial é pra Valer, lançada pela SEPPIR, no âmbito do Ano Internacional dos Afrodescendentes, com a perspectiva de ampliação das ações pela igualdade racial no Brasil. A programação consta de reabertura da Sala de Leitura que leva o nome do escritor – considerado o maior de todos os tempos entre os brasileiros -, exibição de filmes baseados em obras machadianas: Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas, e um ato solene de consolidação da parceria entre os dois órgãos públicos.

Toda a programação ocorrerá na sede da Imprensa Nacional, órgão onde Machado de Assis trabalhou no início de sua vida profissional, que fica no Setor das Indústrias Gráficas, no bairro do Cruzeiro em Brasília. As sessões de cinema acontecem no Auditório Carlos Mota, sempre às 12h30, sendo que Dom Casmurro será exibido amanhã (22) e Memórias Póstumas de Brás Cubas na sexta-feira (24). Na tarde de hoje (21), durante solenidade intitulada Sarau Brás Cubas, a ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, fará a doação da Coleção História Geral da África para a Sala de Leitura Machado de Assis. Trata-se de uma coletânea com oito volumes, editada pela Unesco em parceria com o Ministério da Educação (MEC) para subsidiar a implementação da Lei 10.639/2003, que dispõe sobre o ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira nas escolas.
“Promover a igualdade racial não é responsabilidade só do movimento negro ou do estado brasileiro, mas de todos. A responsabilidade é coletiva, todos devem sentir-se motivados a realizar ações, por menores que sejam, em prol do país que queremos, um Brasil sem pobreza e sem discriminação”, declara a ministra, destacando a importância de dar visibilidade à obra e história de Machado de Assis, que é considerado um dos grandes gênios da história da literatura.
As homenagens a Machado de Assis correspondem a um dos objetivos da SEPPIR de promover o reconhecimento e a valorização de personalidades negras, da história e cultura negra em suas formas de existência e resistência. Por outro lado, o fortalecimento da campanha Igualdade Racial é pra Valer converge para a meta de consolidar 2011 como o Ano Internacional dos Afrodescendentes no Brasil, a partir de uma ampla convocação a setores e segmentos do estado e da sociedade civil, para a proposição e implementação de ações pela promoção da igualdade racial. Vários parceiros têm sido mobilizados nesse sentido, a exemplo da Polícia Federal, Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Governo do Rio de Janeiro, Ministério da Cultura, através do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan).

Depois de passar quatro meses em restauração, a Coroa de Xangô está de volta ao famoso Terreiro da Casa Branca, conhecido em yorubá como Ilê Axé Iyá Nassó Oká. A remontagem da peça começou sexta-feira (10) e termina amanhã, quarta-feira (15), nesse importante espaço sagrado de matriz africana, localizado no meio de uma encosta na Avenida Vasco da Gama, em Salvador.

Construída por Julieta Oliveira – Julieta de Oxum – em 1972, a obra artística e sagrada nunca tinha passado por uma grande intervenção e ficará pronta, no terreiro, sete dias antes da abertura do ciclo religioso da Casa Branca. De acordo com o diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), Frederico Mendonça, a coroa foi reformada após a Associação São Jorge do Engenho Velho – entidade responsável pelo terreiro – vencer o edital de Preservação, Dinamização e Difusão de Acervos desse órgão estadual que é vinculado à Secretaria de Cultura (SecultBA).

“Através dos editais, a sociedade civil tem possibilidade efetiva de participar das políticas públicas culturais”, diz Mendonça. Para a restauração da peça sagrada foram investidos cerca de R$ 27 mil. “De 2008 a 2010 já foram investidos mais de R$ 2 milhões em editais beneficiando dezenas de municípios baianos com 73 projetos”, completa o diretor do IPAC.

A Coroa de Xangô fica instalada no pilar do barracão ou casa principal do terreiro, e é onde acontecem as festas públicas. A coluna é considerada o centro simbólico e ritualístico desse espaço sagrado. Segundo o ogã da Casa Branca, Antônio Figueiredo, é aí onde está o axé que sinaliza a sacralidade do barracão. Na cosmologia nagô esse local central é a representação material da ligação entre duas dimensões, o Aiyê (Terra, mundo dos vivos) e o Orum (Céu, domínio das divindades). Já o ogã é um dos importantes cargos de um terreiro.

A coroa da Casa Branca é um ornamento feito em madeira e pedraria, confeccionada após a remoção de outra peça de opaca, mais antiga e cuja manufatura é atribuída ao africano e um dos fundadores da Casa Branca, Rodolfo Martins de Andrade, o renomado Tio Bamboxê. A sua recuperação foi realizada pelo restaurador e professor da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, Dirson Argolo.

Estudo prévio detectou problemas na peça como oxidação do verniz, fissuras e empeno, apodrecimento do forro, partes faltantes, deslocamento e perdas das folhas de compensado. Os restauradores trocaram 70% da madeira por cedro, reconstituíram as peças que faltavam, promoveram limpeza e imunização, reforçaram o verso de cada florão e a parte estrutural interna da coroa, fixada em barras de ferro.

MATRIZ BRASILEIRA – O Terreiro da Casa Branca foi fundado no século 19 por um grupo de sacerdotisas africanas nagôs e é considerado matriz no Brasil de centenas de outros terreiros. Em 1984, a casa foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional, como primeiro centro religioso não-católico a ser reconhecido como patrimônio nacional pelo Ministério da Cultura. A Casa possui 6,8 mil metros quadrados, onde constam barracão, praça, fonte e mais itens sagrados. O local foi contemplado ainda por outro edital do IPAC para recuperar a Casa de Oxossi, com investimento de R$ 19,9 mil.

Os Editais do IPAC são publicados sempre no site www.ipac.ba.gov.br. Mais informações pelo endereço eletrônico editais@ipac.ba.gov.br e telefones (71) 3117.6491 ou 3117.6492.

Fonte: http://www.cultura.ba.gov.br

O Povo Negro  ficou  órfão neste dia 24 de maio de 2011. O seu maior líder  Abdias do Nascimento, faleceu   aos 97 anos. Foi uma vida totalmente dedicada  a  luta contra o racismo e  em tornar a  vida  do povo negro mais  digna.

Saiu muito jovem da  pequena cidade de Franca no  interior de São Paulo, rumo a capital  onde iniciaria uma  longa jornada em defesa de direitos iguais para a população negra.

Integrou a Frente Negra Brasileira, fundou o Teatro Experimental do Negro, que  revelou estrelas como Ruth de Souza, foi um defensor incansável  por  políticas públicas que fossem capaz de inserir o negro no meio cultural, político e educacional.

Defendeu o direito  do povo negro em expressar suas  manifestações culturais e religiosa.  Mesmo durante o período em que esteve no exílio,  não deixou de Pensar na questão do Negro. Com o fim do regime militar e seu  regresso  ao país, ingressa na carreira política como deputado federal onde atua de forma incansável e brilhante em defesa de seu povo.

Fonte :site Fundação Palmares  http://www.palmares.gov.br

Por Dainae Souza

Os cinco séculos de presença negra no Brasil foram marcados por grandes batalhas pela liberdade e pela preservação da cultura de matriz africana. Apesar do muito ainda a ser conquistado, foram grandes os passos dados na direção da efetiva igualdade de direitos e oportunidades para os descendentes dos negros escravizados. Confira aqui alguns dos marcos positivos dessa luta histórica:

1630. Data provável da formação do Quilombo dos Palmares. Palmares ocupou a maior área territorial de resistência política à escravidão, sediando uma das mais efetivas lutas de resistência popular nas Américas Leia mais.

1833. É fundado o Jornal O homem de cor, por Paula Brito, sendo o primeiro periódico brasileiro a defender os direitos dos negros escravizados Leia mais.

1850. É instituída a Lei Eusébio de Queirós, que proíbe o tráfico de negros escravizados pelo Oceano Atlântico. A lei, do Segundo Reinado, atendia a interesses da Inglaterra, mas foi fundamental para o processo de abolição da escravatura no Brasil Leia mais.

1869. Proibida a venda de negros escravizados por “pregão” e com exposição pública. A lei também proíbe a venda em separado de membros de uma família (casais e pais e filhos) Leia mais.

1871. Instituída a Lei do Ventre Livre, estabelecendo que os filhos dos negros escravizados do Império, a partir daquela data, seriam considerados livres, depois de completarem a maioridade Leia mais.

1884. Decretada a abolição da escravatura negra nas províncias do Amazonas e do Ceará, sendo as primeiras libertações de coletivas de negros escravizados no Brasil Leia mais.

1885. A Lei dos Sexagenários concede liberdade aos negros escravizados com idade igual ou superior a 65 anos, tendo sido promulgada em função do movimento abolicionista Leia mais.

1888. Promulgada, em 13 de maio, a  Lei Áurea, extinguindo oficialmente a escravidão no País. Mas a data é considerada pelo Movimento Negro como uma “mentira cívica”, sendo caracterizada como Dia de Reflexão e Luta contra a Discriminação Leia mais.

1910. João Cândido, o Almirante Negro, lidera a Revolta da Esquadra, também conhecida como Revolta da Chibata, pondo fim aos castigos físicos praticados contra os marinheiros Leia mais.

1914. Surge em Campinas a primeira organização sindical dedicada à causa dos negros. Dela participaram, de forma expressiva e determinante, as mulheres negras Leia mais.

1915. É fundado o jornal Manelick, o primeiro periódico paulista dedicado à difusão da cultura negra e à defesa dos interesses da população afrodescendente Leia mais.

1931. Eleito o primeiro juiz negro do Supremo Tribunal Federal do Brasil: Hermenegildo Rodrigues de Barros, o criador do Tribunal Superior de Justiça Eleitoral Leia mais.

1932. Criado em São Paulo o Clube do Negro de Cultura Social. Seus dirigentes editavam o jornal O clarim da alvorada, um dos mais importantes na história do periodismo racial Leia mais.

1944. Um dos maiores defensores da cultura e igualdade de direitos para as populações afrodescendentes no Brasil, Abdias Nascimento, funda, no Rio de Janeiro, o Teatro Experimental do Negro Leia mais.

1945. Surge em São Paulo a Associação do Negro Brasileiro. No Rio, é organizado o Comitê Democrático Afro-Brasileiro, para defender a Constituinte, a anistia e o fim da discriminação racial. Acontece a I Convenção Negro-Brasileira Leia mais.

1950. No Rio, é aprovada a Lei Afonso Arinos, que estabelece como contravenção penal a discriminação de raça, cor e religião. É também criado o Conselho Nacional de Mulheres Negras Leia mais.

1974. Em Salvador, é fundado o bloco afro Ilê Aiyê. Em São Paulo, acontece a Semana do Negro na Arte e na Cultura, que articula apoio às lutas de libertação travadas na África. Surgem várias entidades de combate ao racismo. Em São Paulo, surgem o Centro de Estudos da Cultura e da Arte Negra (Cecan), o Movimento Teatral Cultural Negro, o Instituto Brasileiro de Estudos Africanistas (IBEA) e a Federação das Entidades Afro-brasileiras do Estado de São Paulo. No Rio de Janeiro, surgem o Instituto de Pesquisas da Cultura Negra (IPCN), a Escola de Samba Gran Quilombo e a Sociedade de Intercâmbio Brasil-África Leia mais.

1976. O Governo do Estado da Bahia suprime a exigência de registro policial para o funcionamento dos templos religiosos de matriz africana, depois de grande mobilização popular Leia mais.

1977. Surge o Movimento Negro Unificado (MNU), que, dentre outras grandes ações, instituiu o Dia Nacional de Consciência Negra, em 20 de novembro, em celebração à memória do herói negro Zumbi dos Palmares Leia mais.

1979. O quesito cor é incluído no recenseamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), por pressão de estudiosos e de organizações da sociedade civil organizada Leia mais.

1986. Tombamento da Serra da Barriga (União dos Palmares, Alagoas), local onde se desenvolveu o Quilombo dos Palmares, o maior refúgio de negros escravizados da América Latina Leia mais.

1998. Criação do Sistema de Cotas na Universidade de Brasília (UnB), a partir do Caso Ari. O estudante de Engenharia Civil Arivaldo Lima Alves, negro, foi o único aluno reprovado em um projeto, apesar de ter as melhores notas Leia mais.

2010. É aprovado o Estatuto da Igualdade Racial, que prevê o estabelecimento de políticas públicas de valorização da cultura negra para a correção das desigualdades provocadas pelo sistema escravista no País Leia mais.

 

 

O mês de fevereiro é especial para a legião de fãs da diva do jazz Nina Simone. Uma mulher   que transpôs todos os limites  que lhes foram impostos em um tempo que para  o  negro,   quase nada era permitido.   Aos 11 anos de idade fez sua primeira apresentação em um recital de piano clássico. Esta estréia  a marcaria  para sempre, pois segundo as leis vigentes nos idos de 1944 na tenebrosa Carolina do Norte,  os negros  só  poderiam  ocupar assentos públicos  atrás dos brancos.

Nina protestou veementemente dizendo que queria seus pais ocupando assentos onde ela pudesse vê-los,  foi atendida  porém,   aquele foi apenas o primeiro de muitos protestos que lançaria  ao mundo  como o hino  Mississipi Goddam,  sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja, em 1963.

Durante suas apresentações  eram frequentes suas  provocações ao público, dizendo que precisa apenas do dinheiro deles.  Talento e ousadia não lhe faltavam, mas o racismo, um dos seus grandes obstáculos, fez de Nina uma mulher mais forte e determinada. Nos anos 50 teve o mérito de ser uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard School of Music, em Nova York. A partir daí surgiu uma cantora e  pianista inigualáveis.

Nina se aventurou por diversos ritmos, passando pelo gospel, soul, folk, blues e jazz. Suas músicas entraram para a história, assim como “Strange Fruit” (clássico anti-racismo que ficou conhecido no tom visceral de Billie Holiday.

Sua vida pessoal foi conturbada seu casamento foi um fracasso era insultada e desrepeitada, enfrentou problemas com a receita federal ameircana por não pagar impostos, t além de um elacionamento dificil com seus empresários .

Passou alguns anos morando na Libéria, lá ela adotou looks africanos e também causas radicais contra os brancos, fazendo de sua vida uma verdadeira guerra contra o racismo.  Veio ao Brasil em 1997, quando gravou com Maria Bethania e fez um show no Metropolitan. Guerreou até o fim contra o preconceito racial e morreu em Carry-le-Rouet, no dia 21 de abril de 2003, na mais completa paz, dormindo.

A Cultura Negra e Suas Cidades é uma homenagem a Makota Valdina. A Exposição fotográfica reúne 60 imagens registradas em diversas locações como Salvador, Cuba e Paris, por diferentes fotógrafos e tem por finalidade celebrar a beleza da cultura negra e homenagear os 67 anos de Makota Valdina. De Terça a sexta, das 14h às 19h; sábado e domingo, das 14h30 às 18h30. Entrada franca.

Data: 1/3/2011 a 6/3/2011

Local: Teatro Vila Velha

Endereço: Av. Sete de Setembro , s/n Passeio Público

Horário: De Terça a sexta, das 14h às 19h; sábado e domingo, das 14h30 às 18h30

Valor: Entrada Franca

Site:www.teatrovilavelha.com.br

Mais Informações: (71) 3083-4600

 

Durante 13 anos, o bloco tinha o intuito de exaltar a beleza da cultura afro-brasileira, prestando homenagens a artistas locais. Esse ano, a pedido da comunidade do Pau Miúdo, o bloco pretende focar na importância intelectual e militante do movimento negro, e ninguém melhor do que o professor, historiador, Dr. Ubiratan Castro de Araújo, atual diretor da Fundação Pedro Calmon/SecultBA.

 

“Fiquei muito feliz e lisonjeado pelo convite não só por saber da importância destas entidades para a cultura baiana, mas também por ter sido um desejo da comunidade. É graças à atuação dos blocos afros que está sendo mantida toda diversidade e riqueza das heranças africanas no Carnaval da Bahia”, disse Ubiratan.

 

Foto: divulgação

O currículo acadêmico do professor, que já foi homenageado diversas vezes, em 2006 com a  Medalha Zumbi dos Palmares, pela Câmara Municipal de Salvador, é tão grande quanto a importância dele para a cultura afro-brasileira. Graduado em História pela Universidade Católica do Salvador (1970) e em Direito pela Universidade Federal da Bahia (1971). Ubiratan fez mestrado em História na Université de Paris X, Nanterre (1973) e doutorado em História na Universite de Paris IV (Paris-Sorbonne) (1992).

 

O bloco, que foi fundado em 1992, por um grupo de amigos compositores, entre eles, Josué do Babá – diretor do bloco, Walter Garrincha e Beto Jamaica, tem como propósito, ações sociais que desenvolvem trabalhos com crianças em situações de riscos, além de contribuição para construção de uma identidade e elo de fortalecimento da educação, cultura e tradições afro-brasileiras.

 

O bloco integra o Carnaval Outro Negro, programa de fomento da Secretaria Estadual de Cultura-SecultBa, que apóia financeiramente as entidades carnavalescas de matriz africana do Carnaval baiano. Em 2011, 138 agremiações serão beneficiadas.

 A banda afro B.COA promete levar alegria e muita música aos fuliões na sexta de Carnaval, 04 de março, saindo da Praça da Sé, a partir dàs 20h.

Para adquirir a fantasia do bloco, basta trocar 1kg de alimento não perecível e mais R$ 10,00, na sede da agremiação, localizada na Rua Santa Luiza, no 44, bairro do Pau Miúdo. Os alimentos serão doados para uma creche da própria comunidade.

“Eu gostaria que as meninas negras se valorizassem como elas são. Foi aqui que aprendi a valorizar minha estética, minha beleza. Não existem padrões, mas sim a beleza de cada um. Com a autoestima elevada, você pode chegar a qualquer lugar”. Esse foi o discurso de Lucimar Souza, eleita a Deusa do Ébano, que aconteceu no último sábado, 12 de Fevreiro, na Senzala do Barro Preto, Curuzu.

Mila Cordeiro

A ansiedade era notável nos lindos e ansiosos sorrisos das concorrentes. “A emoção é bastante, a adrenalina está lá em cima!”, contou a gerente de loja Idalice Maria, de 34 anos, que participou quatro vezes do concurso e em três foi finalista. “É a hora da verdade. É um sonho e eu tô muito confiante!”, disse Taís Santana, estudante de 18 anos, a mais nova de todas.

A estudante e dançarina Lucimar Cerqueira Souza, 24 anos, moradora da Fazenda Grande do Retiro, concorreu com mais 12 mulheres, escolhidas entre as 40 candidatas, na 32ª edição do trófeu de Beleza Negra, e ganhou um prêmio no valor de R$ 3 mil, mais uma bolsa de estudos em um curso profissionalizante e o mais importante, ser a Rainha do Bloco Ilê Aiyê.

Alberto Lima

As 13 candidatas se apresentaram com roupas inspirada nos orixás, comos deusas negras, com coreografias que encantavam a todos presentes, principalmente a gaúcha Luiza Bairros, ministra da Igualdade Racial, que falou da importância do evento: “A Noite da Beleza Negra é uma iniciativa fundamental para redefinir o conceito que a pessoa negra tem de si própria”. E já sabe como escolher a rainha, ministra? “Nunca fui jurada! Será um dos trabalhos mais difíceis que já fiz na vida, mais que ser ministra”, brincou a ministra.

Após a apresentação das candidatas, o público presente pode curtir os shows de Margareth Menezes, Clécia de Queiroz e a Band’Aiyê.